21 de maio de 2013

A Música do Silêncio

Aquarela por Lucia Marina Rodrigues




Pense em alguém que seja poderoso.

Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha e silencia, como um lobo? 

Lobos não gritam.

 Eles têm a aura de força e poder.
 
Observam em silêncio.

 Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.

Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
 
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.

Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.

 Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.

 Olhe.

 Sorria.

Silencie.

 Vá em frente.

 Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar.

 Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.

 Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.

 Não é verdade!

 Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.

 Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
 
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.

 Você pode escolher o silêncio.
 
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu um pensador grego, mais de 300 anos antes de Cristo, ao afirmar: "Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".

 Responda com o silêncio, quando for necessário. 

Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais.

 Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não responder em alguns momentos. 

Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas.


 E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas. 
(Aldo Novak)

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