Aquarela por Lucia Marina Rodrigues
Pense em alguém que seja poderoso.
Essa pessoa briga e grita como uma galinha
ou olha e silencia, como um lobo?
Lobos não gritam.
Eles têm a aura de força e
poder.
Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou
mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita
dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com
palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio
sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está
em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para
debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem
silencia mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a
sua derrota.
Olhe.
Sorria.
Silencie.
Vá em frente.
Lembre-se de que há momentos
de falar e há momentos de silenciar.
Escolha qual desses momentos é o correto,
mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente
cultural, somos treinados para a (falsa) ideia de que somos obrigados a
responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques.
Não é verdade!
Você
responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir.
Você
nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não
uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além
disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados,
como defendeu um pensador grego, mais de 300 anos antes de Cristo, ao afirmar:
"Me arrependo de coisas que disse, mas jamais do meu silêncio".
Responda com o silêncio, quando for necessário.
Use sorrisos, não sorrisos
sarcásticos, mas reais.
Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa
para não responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais
poderosa das respostas.
E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas.
(Aldo Novak)
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