10 de março de 2013

Passagens

Fotografia por Rodrigo Moura

Quando nascemos nossa mãe nos abre uma porta para um mundo enorme.Ficamos confinados em um pequeno local ,sendo alimentados por outra pessoa ,nossa mãe, e de repente,depois de nove meses ,as vezes sete somos obrigados a sair daquele conforto.Saímos assustados ,chorando ,ensanguentados lutando para se adaptar ao novo mundo que nos apresentava.
E observamos a primeira porta aberta . Grandiosa,do tamanho do infinito,de acordo com nossa percepção.
Os anos vão passando ,muitas portas se abrindo ,outras fechando ,independente da nossa vontade e outras vezes porque escolhemos ,unicamente baseado no livre arbítrio.
Conforme o tempo de finitude de cada um ,ao olharmos para trás vemos a primeira grande porta aberta ,bem como todas as outras formando um corredor estreito ,cada vez mais e olhando nesse pseudo túnel de portas a frente vemos a última ,pequena e estreita . Quando lá chegarmos e abrirmos será que voltaremos ao início ,no útero de alguma mulher ,que será nossa mãe?
Penso que sim.E outras portas serão abertas ,diferentes ou iguais ,mas nosso comportamento será outro ,pois vamos aprendendo com nossos erros e estamos aqui na terra do aprendizado e reiniciamos já sabendo dos erros que cometemos . Difícil de entender?Não?O que passou pela última porta foi nosso espírito ,e esse nunca morre.

Lucia Marina Rodrigues


Nenhum comentário:

Postar um comentário