5 de setembro de 2012

Aeromoça

Foto de Bete (minha irmã)em seu uniforme de comissária de bordo 



Conversando no Bar/Saudades dos Aviões da Panair
(Música cantada por Milton Nascimento)

Lá vinha o bonde no sobe e desce ladeira
E o motorneiro parava a orquestra um minuto
Para me contar casos das campanhas da Itália
E do tiro que ele não levou

Levei um susto imenso nas asas da Panair.
Descobri que as coisas mudam e que tudo é pequeno nas asas da Panair

E lá vai menino xingando padre e pedra
E lá vai menino lambendo podre delícia
E lá vai menino senhor de todo o fruto
Sem nenhum pecado sem pavor

O medo em minha vida nasceu muito depois 
Descobri que minha arma é o que a memória guarda dos tempos da Panair

Nada de triste existe que não se esqueça
Alguém insiste fala ao coração
Tudo de triste existe não se esquece
Alguém insiste e fere o coração
Nada de novo existe nesse planeta 
Que não se fale aqui na mesa de bar

E aquela briga e aquela fome de bola
E aquele tango e aquela dama da noite aquela mancha e a fala oculta
Que no fundo do quintal morreu
Morri a cada dia dos dias que eu vivi
Cerveja que tomo hoje é apenas em memória dos tempos da Panair
A maior das maravilhas foi voando sobre o mundo nas asas da Panair.
A primeira Coca -Cola foi me lembro bem agora nas asas da Panair

Em volta desta mesa velhos e moços 
Lembrando o que já foi
Em volta desta mesa existem outras falando tão igual
Em volta dessas mesas existe a rua
Vivendo sem normal
Em volta dessa rua numa cidade sonhando seus metais 
Em volta da cidade.

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