Na manhã chuvosa ele foi colocar o lixo na rua e encontrou-a
ocupada com uma caixa de sapato nova.
Quando abriu viu algo enrolado em um cobertor novo.
Achando que era um animalzinho... abriu e surpreso viu que
era um recém nascido.
Chamou sua esposa e a polícia. O bebe foi internado no
hospital e está passando bem.
O juiz da proteção ao menor está investigando o caso e eu
penso...
O porquê do abandono?Quais as condições do nascimento?
Seriam jovens sem condições financeiras para cuidar?Seria
fruto de um amor proibido?
Foi usado preservativo no ato sexual?Funcionou corretamente?
Ou foi fruto de violência domestica ou estupro, hoje tão comum?
Quais foram os sentimentos da mãe no momento do abandono?
Porque foi aquela casa a escolhida?Seriam familiares,
conhecidos?
Temos muitas pessoas querendo o bebe, mas a procura é grande
e o tempo para as avaliações pela justiça é longo. Não vamos julgar a mãe,
vamos pensar que em um segundo de paixão colocamos muitas coisas em jogo e não
pensamos nas conseqüências.
Vamos ter esperanças que o arrependimento da mãe consiga
trazer o bebe para seus braços ou que rapidamente a criança encontre uma
família para adotá-lo.
Não vamos julgar ninguém, porque o amor tem razões que ninguém
conhece e perdoar é um dom, poderia acontecer com qualquer pessoa.
(Mini conto “O BEBE SUMIU” Lúcia Marina Rodrigues)
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