Lúcia Marina Rodrigues
Há certas horas,
em que não precisamos de um Amor.
Não precisamos da paixão desmedida , não queremos beijo na boca.
E nem corpos
a se encontrar na maciez de uma cama
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o
abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado.
Sem nada dizer.
Há certas horas, quando sentimos que estamos pra
chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a
gente, a nos fazer sorrir.
Alguém que ria de nossas piadas sem graça.
Que ache nossas tristezas as maiores do mundo.
Que nos teça elogios sem fim.
E que apesar de todas essas mentiras úteis, nos
seja de uma sinceridade
inquestionável.
Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto
impensado.
Alguém que nos possa dizer:
Acho que você está errado, mas estou do seu lado.
Ou alguém que apenas diga:
Sou seu amor! E estou Aqui!
(William Shakespeare)
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